quinta-feira, 5 de maio de 2011

STF aprova união homoafetiva por unanimidade

Finalmente uma conquista, o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar! Vejam abaixo a matéria!

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou na quinta-feira por unanimidade o reconhecimento da união estável para casais do mesmo sexo, o que coloca o Brasil num grupo de países que já tomaram decisões semelhantes.
Dos 11 ministros da mais alta Corte do país, dez votaram a favor, incluindo o relator Carlos Ayres Britto. Apenas o ministro Antonio Dias Toffoli se declarou impedido de votar porque atuou em uma das ações julgadas quando foi advogado-geral da União.
Os magistrados começaram na quarta-feira o julgamento de duas ações em sessão conjunta.
Uma delas foi protocolada pela Procuradoria-Geral da República, que busca o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. A ação também pede que os mesmos direitos e deveres dos companheiros nas uniões estáveis sejam estendidos aos companheiros nas uniões entre pessoas do mesmo sexo.
A outra ação, apresentada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, alega que o não reconhecimento da união homoafetiva contraria preceitos fundamentais como igualdade, liberdade e o princípio da dignidade da pessoa humana, todos da Constituição Federal.
Com esse argumento, a ação pede que o STF aplique o regime jurídico das uniões estáveis, previsto no Código Civil, às uniões homoafetivas de funcionários públicos civis do Rio de Janeiro.
O que está em discussão no Brasil é o reconhecimento da união estável entre homossexuais, e não o casamento, como já ocorreu em outros países.
Em julho de 2010, a Argentina se tornou a primeira nação latino-americana a autorizar homossexuais a se casarem e adotarem filhos, desafiando a oposição católica para engrossar as fileiras dos poucos países, em sua maioria europeus, que já contam com leis semelhantes.
Apenas alguns poucos países autorizam o casamento de pessoas do mesmo sexo, entre eles Holanda, Suécia, Portugal, Espanha e Canadá. Nos Estados Unidos, os homossexuais podem se casar apenas em cinco Estados e na capital Washington.
Em dezembro, uma lei aprovada pelos legisladores da Cidade do México concedeu aos homossexuais da cidade os mesmos direitos de casamento e adoção de filhos que os heterossexuais. O Uruguai autoriza casais homossexuais a adotar filhos, mas não a se casar. Fonte: O GLOBO (Por Bruno Marfinati) http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/05/05/stf-aprova-por-unanimidade-uniao-estavel-entre-gays-924394210.asp#ixzz1LWhTxGpF

sábado, 19 de fevereiro de 2011

UNESCO aprova os materiais educativos do projeto Escola Sem Homofobia


“Estamos certos de que este material contribuirá para a redução do estigma e discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade. Parabenizamos a ABGLT, o Ministério da Educação e as instituições envolvidas pela iniciativa.” Com estas palavras termina o ofício (abaixo e anexo) enviado à ABGLT pelo representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny.

O ofício também afirma que “Os materiais do Projeto Escola Sem Homofobia estão adequados às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam, de acordo com a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, publicada pela UNESCO em 2010.”

Este é o segundo posicionamento de uma entidade com competência técnica para avaliar os materiais educativos do projeto Escola Sem Homofobia. A primeira foi do Conselho Federal de Psicologia.

Fonte: Toni Reis - Presidente da ABGLT

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

I Jornada Brasileira Interdisciplinar sobre Homoparentalidade - CONFIRAM!!




Pessoal,em março deste ano teremos um evento inédito e muito interessante sobre homoparentalidade, confiram a programação abaixo!

APRESENTAÇÃO
A constante evolução das técnicas de fertilização assistida associada às novas convenções sociais e à revisão de conceitos, envolvendo normalidade e patologia, superação de preconceitos e aceitação cada vez maior da diversidade, apontam para um mundo novo do qual precisamos nos “apropriar” para que a perplexidade possa dar lugar à compreensão, à normalização e normatização deste futuro que, se não conhecido
e regulado, tornar-se-á caótico.
Cada um dos desafios trazidos por essa presentificação do futuro demanda estudo, flexibilidade depensamento e de posicionamento. Ainda maior é o desafio quando as “mutações” criam demandas para as quais não temos ferramentas teóricas capazes de abarcá-las.
As composições familiares que fogem do modelo tradicional são exemplos do que nos impacta e amedronta. Porém, o modelo de família nuclear, heterossexual, não é mais o único. As relações entre os indivíduos sofreram modificações importantes, sem que as normas sociais e jurídicas consigam acompanhar tantas e tão profundas mudanças.
A minoria homossexual ainda não teve reconhecido seu lugar dentro da sociedade e é inadmissível é que essas pessoas permaneçam ignoradas por considerável parcela daqueles investidos de autoridade para modificar a situação atual que é prenhe de preconceito. Não se pode mais ignorar as bases antropológicas e sociais da família e os novos conceitos psicológicos e psicanalíticos concernentes à formação psíquica do indivíduo. O afeto joga papel determinante na fundação dos laços entre pais e filhos. Judiciário e legislativo se movimentam, mas não a uma velocidade que acompanhe os fatos da realidade. Se a defesa do interesse da criança se configura meta maior de cada um dos profissionais no exercício de atividades voltadas para o Homem, então a constituição de novos vínculos interpessoais e formas de parentalidade devem merecer aprofundadas reflexões e considerações livres de preconceito. É a estes objetivos que este evento se destina.
Público-alvo: destina-se a estudantes e profissionais da Psicologia, do Serviço Social, do Direito, da Pedagogia,da Sociologia, da Antropologia e das demais áreas afins, bem como aos Grupos de Apoio à Adoção, aos Técnicos do Judiciário, aos Juízes e Promotores, aos pretendentes à adoção e ao público em geral interessado na parentalidade e na filiação homoafetivas.

Data: 19 de março de 2011
Local: Auditório Stael Prado Filho Telefônica Rua Martiniano de Carvalho, 851 Bela Vista SP

PROGRAMAÇÃO
08:00 Recepção credenciamento entrega material
08:45 09:15 Abertura Oficial
09:15 09:45 Início da Jornada com a exposição do Dr Reinaldo Cintra Torres de Carvalho Juiz Auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça
09:45 10:00 Intervalo
10:00 12:00 Mesa I : A homoparentalidade na perspectiva sócio histórica e política Homoparentalidade na história da humanidade; as novas famílias: a contemporaneidade e o reposicionamento da homoafetividade, a visão da psicologia, como a homoafetividade tem sido encarada pelos técnicos das VIJ e os novos tempos.
Coordenador Dra. Eunice F. R. Granato Diretora Jurídica do GAADI e
Membro da Comissão Especial de Adoção da OAB/SP
Debatedor Sra. Odete Vieira Coordenadora da Comissão Permanente
Relações Institucionais do CMDCA
Expositores
1. Profa. Mariana de Oliveira Farias Mestre em Psicologia e integrante do GPSEC - Grupo
de Estudos e Pesquisa em Sexualidade, Educação e Cultura - da UNESP/Bauru
2. Sra. Marta Wiernig Psicóloga, Técnica Judiciária VIJ de SBC e Coordenadora GEAAD SBC
3. Toni Reis Presidente AGBLT
(DEPOIMENTO FILMADO)
12:00 13:30 Almoço
13:30 15:30 Mesa II : A homoparentalidade na perspectiva do Campo Jurídico A Lei e a parentalidade homossexual - leis existentes, projetos e lei em tramitação, a Constituição; como a homoafetividade tem sido encarada pelos juízes e promotores das Varas da Infância e Juventude; a nova lei nacional de adoção: discussões e rumos no Brasil e no mundo.
Coordenador Dr. Carlos Berlini Presidente da Comissão Especial de Adoção da OAB/SP
Debatedor Dra. Renata Bittencourt Couto da Costa Juíza de Direito da VIJ Lapa
Expositores
4. Dra. Viviane Girardi Advogada especialista em direito de família
5. Dr. Lélio Ferraz de Siqueira Neto Promotor de Justiça responsável
pelo Núcleo da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo
(DEPOIMENTO FILMADO)
15:30 16:00 Intervalo
16:00 18:00 Mesa III: Homoparentalidade na perspectiva do Campo da Psicologia,Psiquiatria e Psicanálise: Fatores psicológicos vinculando o exercício da parentalidade à orientação sexual da pessoa: separando sexo de sexualidade; o que significa o desejo de ter filhos para o casal homossexual, como se desenvolvem as funções parentais e o aspecto psicoemocional da criança; O desenvolvimento da personalidade de crianças criadas no seio de famílias homoafetivas; Funções “materna” e “paterna” – o que as compõe. O heterocentrismo. O pai como instituição e como função; mitos, fantasias e verdades sobre o 'impacto' da homoafetividade dos pais na vida dos filhos; Alternativas de parentalidade para as comunidades homoafetivas: adoção e fertilização assistida.
Coordenador Sra. Mônica Natale Presidente do GAASP
Debatedor Dr. Aleksandro Clemente Advogado especialista em Bioética e Biodireito
Membro da Comissão Especial de Adoção da OAB/SP
Expositores
6. Dra. Alicia Beatriz de Lisondro Psicóloga
7. Dra. Anna Paula Uziel Psicóloga – Profa. Adj da UERJ pesquisadora associada do
Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM/IMS/UERJ)
8. Dra. Elizabeth Zambrano Médica Psicanalista e Dra. em Antropologia
(DEPOIMENTO FILMADO)
Encerramento
Informações e inscrições através do site : www.gaasp .org.br