quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Livro infantil sobre homoparentalidade


Olá pessoal, tudo bem?

Há algum tempo, conheci um livro infantil bastante interessante sobre homoparentalidade do Walcyr Carrasco. O livro "Meus dois pais" aborda o tema da homoparentalidade masculina, sendo o Naldo fruto de uma relação heterossexual anterior. O livro aborda o tema e seus conflitos, com uma linguagem simples e sem uso de esterótipos sobre o público gay. Vale à pena conferir!


Vejam abaixo a sinopse do livro (Livraria Cultura):

Os pais de Naldo se separam, e ele fica morando com a mãe. Depois de um tempo, seu pai passa a dividir o apartamento com Celso, um amigo que cozinha muito bem. A mãe do menino recebe uma proposta de promoção, mas precisa mudar de cidade e não quer que o menino troque de escola no meio do ano. Naldo não consegue entender muito bem por que a mãe e a avó não querem que ele fique morando com o pai. A história procura mostrar que as pessoas podem ser diferentes, porém o mais importante é ter uma família que seja amável.

abraços,

Mariana Farias


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Casal gay registra filho na Argentina, em caso inédito no mundo

Um casal gay inscreveu nesta terça-feira o filho no registro civil de Buenos Aires sem a mediação de uma decisão judicial, um caso único no mundo, informou à AFP Maria Rachid, dirigente da ONG Lésbicas, Gays, Bi e Transexuais (LGBT).

"É o primeiro caso em nível mundial onde a certidão de nascimento é expedida diretamente pelo registro civil como filho de dois homens. Em outros casos foi feito a partir de uma decisão judicial, que retificava a certidão anterior", explicou Rachid, também legisladora da Assembleia de Buenos Aires.
O casal formado por Carlos Grinblat, de 41 anos, e Alejandro Dermgerd, de 35, inscreveu esta terça-feira, em um cartório do centro da capital argentina, Tobias, com um mês de vida. O bebê nasceu na Índia, país que o casal escolheu para alugar o ventre da mulher que deu à luz seu filho.
"Nossa única luta era por formar nossa família. É outro passo no reconhecimento dos direitos igualitários. Este é um caminho que começou há anos e um marco foi o casamento igualitário", disse Grinblat ao sair do cartório, enquanto exibia, ao lado do companheiro, o documento que atribuía o registro do filho aos dois.
Em 2010 a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a autorizar o casamento gay em nível nacional e o décimo do mundo, depois de Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia.
Desde 21 de julho de 2010, quando a presidente Cristina Kirchner promulgou a norma aprovada seis dias antes pelo Congresso, "se oficializaram 5.839 casamentos em todo o país", destacou a LGBT em 12 de julho.
Enquanto isso, em maio passado, o Congresso argentino aprovou por ampla maioria a lei de identidade de gênero, que autoriza travestis e transexuais a registrar seus dados com o sexo escolhido.


Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 2 de março de 2012

Casal gay pernambucano registra filha gerada in vitro


    


 Há 15 anos, quando Mailton Alves Albuquerque, 35 anos, e Wilson Alves Albuquerque, 40, se apaixonaram e começaram uma relação homoafetiva que dura até hoje, não imaginavam provar do sentimento que vivem atualmente. Graças a uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que atualiza as normas relativas à reprodução humana assistida, os empresários se tornaram o primeiro casal de homens do Brasil a ter um filho por meio de fertilização in vitro e registrado pela Justiça.
    O fruto dessa união estável – que foi convertida em casamento civil pela Justiça pernambucana no dia 24 de agosto do ano passado – chama-se Maria Tereza e completou um mês de vida na última quarta-feira. Casados e agora com uma filha registrada com o nome dos dois pais, Mailton e Wilson dão um passo importante na consolidação das chamadas novas configurações familiares. 

   A primeira redação da resolução do CFM que trata da reprodução assistida no País, de 1992, diz que os usuários da técnica devem ser mulheres estando casadas ou em união estável. Já no novo texto, de janeiro do ano passado, não cita o sexo, mas “todas as pessoas capazes”. Diante disso, Mailton e Wilson realizaram o sonho de ter uma família completa e trouxeram a pequena Maria Tereza ao mundo.
    Os dois cederam espermatozoides para serem fecundados em óvulos de um banco de doadoras. Como a resolução afirma que o útero de substituição deve ser de um parente de até segundo grau, a prima de um deles aceitou conceber a criança. Terminou sendo introduzido no útero dela um pré-embrião fecundado por material colhido de Mailton. Os pré-embriões fecundados por Wilson estão congelados. O casal pretende dar um irmão ou irmã a Maria Tereza no próximo ano.

“Nossas famílias sempre apoiaram nosso relacionamento. E quando contamos da nossa ideia, todas as mulheres da família se colocaram à disposição para ajudar a realizar nosso sonho: irmãs e primas. Mas terminou sendo uma prima minha. Agora, temos uma família completa”, contou, orgulhoso, Mailton.
Segundo ele, a ideia de ter um filho surgiu em 2010, após viajar ao Canadá para estudar e ficar na casa de um casal homoafetivo que tinha filhos. “Quando voltei, começamos a discutir o assunto e pensávamos em adotar uma criança. Mas um dia, assistindo a um programa de televisão, vi a notícia sobre a mudança na resolução do Conselho Federal de Medicina. Aí, decidimos fazer fertilização in vitro”, relembrou.
A fecundação e introdução no útero ocorreu em uma clínica de reprodução humana do Recife. O vínculo da criança com a prima que emprestou o útero terminou já na maternidade, quando os pais saíram da unidade de saúde com Maria Tereza nos braços. A mulher, que pediu para não ter o nome divulgado, tomou medicamentos para evitar a produção de leite materno.
   Hoje, a pequena Maria Tereza – o nome é uma homenagem às mães de Wilson e Mailton – tem um quarto só para ela, com direito a nome na porta, e atenção completa dos dois pais. Para Wilson, a felicidade de ser pai é “inexplicável”. “A felicidade é tremenda. Nunca pensei que fosse sentir um amor tão grande. Ter uma família completa é lindo”, desabafou.

Fonte: Jornal do Commercio - Carlos Eduardo Santos