sábado, 19 de fevereiro de 2011

UNESCO aprova os materiais educativos do projeto Escola Sem Homofobia


“Estamos certos de que este material contribuirá para a redução do estigma e discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade. Parabenizamos a ABGLT, o Ministério da Educação e as instituições envolvidas pela iniciativa.” Com estas palavras termina o ofício (abaixo e anexo) enviado à ABGLT pelo representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny.

O ofício também afirma que “Os materiais do Projeto Escola Sem Homofobia estão adequados às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam, de acordo com a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, publicada pela UNESCO em 2010.”

Este é o segundo posicionamento de uma entidade com competência técnica para avaliar os materiais educativos do projeto Escola Sem Homofobia. A primeira foi do Conselho Federal de Psicologia.

Fonte: Toni Reis - Presidente da ABGLT

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

I Jornada Brasileira Interdisciplinar sobre Homoparentalidade - CONFIRAM!!




Pessoal,em março deste ano teremos um evento inédito e muito interessante sobre homoparentalidade, confiram a programação abaixo!

APRESENTAÇÃO
A constante evolução das técnicas de fertilização assistida associada às novas convenções sociais e à revisão de conceitos, envolvendo normalidade e patologia, superação de preconceitos e aceitação cada vez maior da diversidade, apontam para um mundo novo do qual precisamos nos “apropriar” para que a perplexidade possa dar lugar à compreensão, à normalização e normatização deste futuro que, se não conhecido
e regulado, tornar-se-á caótico.
Cada um dos desafios trazidos por essa presentificação do futuro demanda estudo, flexibilidade depensamento e de posicionamento. Ainda maior é o desafio quando as “mutações” criam demandas para as quais não temos ferramentas teóricas capazes de abarcá-las.
As composições familiares que fogem do modelo tradicional são exemplos do que nos impacta e amedronta. Porém, o modelo de família nuclear, heterossexual, não é mais o único. As relações entre os indivíduos sofreram modificações importantes, sem que as normas sociais e jurídicas consigam acompanhar tantas e tão profundas mudanças.
A minoria homossexual ainda não teve reconhecido seu lugar dentro da sociedade e é inadmissível é que essas pessoas permaneçam ignoradas por considerável parcela daqueles investidos de autoridade para modificar a situação atual que é prenhe de preconceito. Não se pode mais ignorar as bases antropológicas e sociais da família e os novos conceitos psicológicos e psicanalíticos concernentes à formação psíquica do indivíduo. O afeto joga papel determinante na fundação dos laços entre pais e filhos. Judiciário e legislativo se movimentam, mas não a uma velocidade que acompanhe os fatos da realidade. Se a defesa do interesse da criança se configura meta maior de cada um dos profissionais no exercício de atividades voltadas para o Homem, então a constituição de novos vínculos interpessoais e formas de parentalidade devem merecer aprofundadas reflexões e considerações livres de preconceito. É a estes objetivos que este evento se destina.
Público-alvo: destina-se a estudantes e profissionais da Psicologia, do Serviço Social, do Direito, da Pedagogia,da Sociologia, da Antropologia e das demais áreas afins, bem como aos Grupos de Apoio à Adoção, aos Técnicos do Judiciário, aos Juízes e Promotores, aos pretendentes à adoção e ao público em geral interessado na parentalidade e na filiação homoafetivas.

Data: 19 de março de 2011
Local: Auditório Stael Prado Filho Telefônica Rua Martiniano de Carvalho, 851 Bela Vista SP

PROGRAMAÇÃO
08:00 Recepção credenciamento entrega material
08:45 09:15 Abertura Oficial
09:15 09:45 Início da Jornada com a exposição do Dr Reinaldo Cintra Torres de Carvalho Juiz Auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça
09:45 10:00 Intervalo
10:00 12:00 Mesa I : A homoparentalidade na perspectiva sócio histórica e política Homoparentalidade na história da humanidade; as novas famílias: a contemporaneidade e o reposicionamento da homoafetividade, a visão da psicologia, como a homoafetividade tem sido encarada pelos técnicos das VIJ e os novos tempos.
Coordenador Dra. Eunice F. R. Granato Diretora Jurídica do GAADI e
Membro da Comissão Especial de Adoção da OAB/SP
Debatedor Sra. Odete Vieira Coordenadora da Comissão Permanente
Relações Institucionais do CMDCA
Expositores
1. Profa. Mariana de Oliveira Farias Mestre em Psicologia e integrante do GPSEC - Grupo
de Estudos e Pesquisa em Sexualidade, Educação e Cultura - da UNESP/Bauru
2. Sra. Marta Wiernig Psicóloga, Técnica Judiciária VIJ de SBC e Coordenadora GEAAD SBC
3. Toni Reis Presidente AGBLT
(DEPOIMENTO FILMADO)
12:00 13:30 Almoço
13:30 15:30 Mesa II : A homoparentalidade na perspectiva do Campo Jurídico A Lei e a parentalidade homossexual - leis existentes, projetos e lei em tramitação, a Constituição; como a homoafetividade tem sido encarada pelos juízes e promotores das Varas da Infância e Juventude; a nova lei nacional de adoção: discussões e rumos no Brasil e no mundo.
Coordenador Dr. Carlos Berlini Presidente da Comissão Especial de Adoção da OAB/SP
Debatedor Dra. Renata Bittencourt Couto da Costa Juíza de Direito da VIJ Lapa
Expositores
4. Dra. Viviane Girardi Advogada especialista em direito de família
5. Dr. Lélio Ferraz de Siqueira Neto Promotor de Justiça responsável
pelo Núcleo da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo
(DEPOIMENTO FILMADO)
15:30 16:00 Intervalo
16:00 18:00 Mesa III: Homoparentalidade na perspectiva do Campo da Psicologia,Psiquiatria e Psicanálise: Fatores psicológicos vinculando o exercício da parentalidade à orientação sexual da pessoa: separando sexo de sexualidade; o que significa o desejo de ter filhos para o casal homossexual, como se desenvolvem as funções parentais e o aspecto psicoemocional da criança; O desenvolvimento da personalidade de crianças criadas no seio de famílias homoafetivas; Funções “materna” e “paterna” – o que as compõe. O heterocentrismo. O pai como instituição e como função; mitos, fantasias e verdades sobre o 'impacto' da homoafetividade dos pais na vida dos filhos; Alternativas de parentalidade para as comunidades homoafetivas: adoção e fertilização assistida.
Coordenador Sra. Mônica Natale Presidente do GAASP
Debatedor Dr. Aleksandro Clemente Advogado especialista em Bioética e Biodireito
Membro da Comissão Especial de Adoção da OAB/SP
Expositores
6. Dra. Alicia Beatriz de Lisondro Psicóloga
7. Dra. Anna Paula Uziel Psicóloga – Profa. Adj da UERJ pesquisadora associada do
Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM/IMS/UERJ)
8. Dra. Elizabeth Zambrano Médica Psicanalista e Dra. em Antropologia
(DEPOIMENTO FILMADO)
Encerramento
Informações e inscrições através do site : www.gaasp .org.br

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ativista que processou jornal antigay é morto em Uganda


Publicação foi acusada de ter incitado no ano passado o enforcamento de homossexuais no país, onde atos do tipo são crime.

David Kato vinha sofrendo ameaças de morte desde o ano passado (Foto: AP)
A polícia de Uganda confirmou nesta quinta-feira o assassinato de um ativista gay que no ano passado processou um jornal local que incitou o enforcamento de homossexuais.
David Kato, foi encontrado com ferimentos na cabeça em sua casa, na capital ugandense, Campala. A polícia disse que ainda está investigando as circunstâncias e não confirmou se o crime foi motivado pelo fato da vítima ser homossexual.
O jornal processado, o Rolling Stone, publicou no ano passado as fotos de várias pessoas, inclusive Kato, que dizia serem gays sob o título 'Enforque-os'.
Atos homossexuais são considerados ilegais em Uganda, com pena prevista de até 14 anos na prisão.

Juiz de Uganda proíbe que jornais publiquem 'listas de gays'
Lei que prevê morte para gays em Uganda pode gerar 'efeito dominó' na África
Um deputado recentemente apresentou um projeto para tornar a punição mais severa, incluindo a pena de morte em alguns casos.
Kato havia feito campanha contra o projeto, que provocou fortes críticas internacionais após ser apresentado.
Segundo o correspondente da BBC em Uganda Kevin Mwachiro, não está claro se a morte de Kato estaria ligada à campanha do jornal Rolling Stone.
O editor do Rolling Stone, Giles Muhame, disse à agência de notícias Reuters que condenava o assassinato e que o seu jornal não pediu o ataque aos gays.
'Há muita violência, pode não ser porque ele era gay', disse, afirmando que o jornal defende é que o governo enforque quem promove o homossexualismo.

Onda de assassinatos
Recentemente houve uma onda de assassinatos de pessoas na cidade de Mukono, onde Kato vivia. Testemunhas disseram à BBC que um homem entrou na casa de Kato e o espancou-o até a morte. O grupo Minorias Sexuais de Uganda, dirigido por Kato, disse que ele vinha recebendo ameaças desde que o Rolling Stone publicou sua foto, seu nome e seu endereço no ano passado.
O diretor-executivo do grupo, Frank Mugisha, disse à BBC que ficou 'arrasado' ao ouvir a notícia. 'Ele foi morto por alguém que chegou a sua casa com um martelo. Qualquer um pode ser o próximo alvo', disse. 'Estamos pedindo a todos os gays, lésbicas, bissexuais e transexuais de Uganda que tomem muito cuidado com sua segurança. Eles devem tomar mais precauções', disse Mugisha, que pediu ainda que o governo ofereça proteção aos gays do país.
A ONG internacional Human Rights Watch pediu uma investigação a fundo sobre o assassinato. 'A morte de David Kato é uma perda trágica para a comunidade de direitos humanos', disse Maria Burnett, representante da organização.

Fonte: BBC Brasil

Comentários: é um absurdo o que o preconceito pode fazer com as relações e o respeito a dignidade humana! Mariana Farias